Gursen de Miranda apresenta em sua obra uma vasta investigação sobre o marco histórico – Themis Eloana
Vanessa Lima
RORAIMA A construção do Forte de São Joaquim do Rio Branco, em 1775, foi um marco para o povoamento do extremo norte do Brasil. E sua inquestionável importância histórica é tema do novo livro do escritor e professor decano da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Gursen De Miranda.
A obra “Amazônia: Forte de São Joaquim do Rio Branco – Marco histórico de Roraima” traz uma investigação histórica, com vasta bibliografia, fotografias e mapas de diferentes épocas, sobre a fortaleza situada mais ao norte na composição do “anel de defesa” construído pelos portugueses na Amazônia.
“A efetiva presença portuguesa na terra de Macunaima somente foi definida com o início da construção do Forte de São Joaquim do Rio Branco, no final do ano de 1775, nas cabeceiras do rio Branco, margem esquerda da foz do rio Itacutú, na confluência com o rio Uraricoera, em projeto do capitão engenheiro Filipe Sturm, seu primeiro comandante”, aponta Miranda em sua obra.
A conquista do território brasileiro, e da Amazônia, com seus tratados e fortalezas; informações gerais sobre o Forte de São Joaquim do Rio Branco e sua importância como marco histórico, base para colonização, delimitação da fronteira e defesa da região, é a linha desenvolvida no trabalho. O livro conta com 208 páginas.
“O estudo demonstra que o Forte, se foi pequeno em suas dimensões físicas, de acordo com observações de Lobo D’Almada, foi gigante para conquista dessas terras, para defesa do território, para ocupação do vale do Rio Branco”, destaca o autor.
Conforme Gursen De Miranda, o livro “Amazônia: Forte de São Joaquim do Rio Branco – Marco histórico de Roraima” ainda não tem data para lançamento, mas deve começar a ser vendido pela Amazon no mês de outubro, em alusão ao aniversário de 35 anos do estado de Roraima.
A obra foi publicada pela editora Biblioteca Gursen De Miranda, implementada para dinamizar a publicação dos livros do autor, que tem outros trabalhos publicados, como a trilogia “Direito Agrário – Constituição Brasileira”, “Direito Agrário – Estatuto da Terra” e “Teoria de Direito Agrário”. Na presidência da Academia Brasileira de Letras Jurídicas Agrárias (ABLJA), ele coordenou e publicou oito obras.
“O Forte de São Joaquim do Rio Branco é um bem de natureza material que constitui-se patrimônio cultural, para além de roraimense e amazônico, brasileiro e português. Possui alto significado histórico como um dos principais marcos na conquista da Amazônia, particularmente da Guiana Brasileira (atual Estado de Roraima)”, defende o autor, ao destacar que “não há povo sem história; não há história sem heróis. Cabe ao povo contar sua história, definir seus heróis”.