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Começa confecção de perucas da campanha ‘Mechas da Esperança’, da Procuradoria da Mulher

Doações de mechas e lenços de cabelo serão recebidas neste mês, nos órgãos e unidades do Poder Legislativo – Marley Lima

A confecção de perucas com cabelos arrecadados até o momento na campanha “Mechas da Esperança”, da Procuradoria Especial da Mulher (PEM), da Assembleia Legislativa (ALE-RR), está a todo vapor. Até o fim do mês, elas serão doadas à Liga Roraimense de Combate ao Câncer (LRCC), instituição responsável por administrar um banco de perucas.

Conforme a diretora da PEM, Glauci Gembro, o banco ficará disponível para mulheres em procedimento contra o câncer que, por causa da quimioterapia, perdem seus cabelos. A ação é uma forma de recuperar a autoestima delas. “Aquelas mulheres que passam pelo processo de tratamento vão poder se dirigir à Liga do Câncer, e cada uma vai poder escolher a peruca que melhor se adequar a ela para que, dessa forma, sinta-se mais fortalecida e enfrente esse período da doença”, ressaltou Gembro.

Qualquer pessoa, com qualquer tipo de cabelo, inclusive o tingido, pode doar mechas e lenços. Eles serão recebidos durante todo o mês, como reforça a diretora.

“Todas as pessoas que quiserem doar, podem ir à PEM, à Assembleia Legislativa, e às unidades da Escolegis. Caso a pessoa não tenha quem corte, também temos uma parceria com o salão que fica ao lado da PEM, que fará o corte gratuito, para que a gente possa doar o máximo de perucas possível”, informou Glauci.   A sede da PEM fica na Avenida Santos Dumont, 1470, bairro Aparecida, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

Trabalho social

Airton Alves confecciona perucas há quase dois anos

O cabeleireiro Airton Alves é quem confecciona as perucas. Sozinho, em um ateliê na sala de sua casa, quase toda a produção que realiza é manual. Ele conta apenas com uma máquina de costura para prender os fios.

Cada peruca leva de oito a nove horas para ficar pronta. Segundo o cabeleireiro, são necessários de 250 a 300 gramas de mechas para a confeccionar a peruca, ou seja, precisa da doação de pelo menos três pessoas.

“Uma peruca leva mais cabelo do que possui uma pessoa normal”, explicou o profissional, que também informou que o ideal para ter um bom resultado são porções de fios a partir de 20 centímetros de comprimento, além de tonalidades próximas das madeixas.

Alves atua no ramo há 25 anos, mas o trabalho voluntário social surgiu há quase dois. Para ele, que dedica boa parte do seu tempo com a montagem das perucas, e ainda se divide entre outras tarefas de casa, é gratificante poder ajudar quem precisa.

“Sou muito grato a Deus por ter me dado esse dom. Então, por que não compartilhar com alguém que precisa, principalmente, a mulher que vê no cabelo a sua autoestima? Aquela que está passando por um tratamento de saúde, quando perde o cabelo, o brilho dela vai lá para baixo e, consequentemente, pode entrar em depressão e dificultar o tratamento”, avaliou.

Depois de prontas, as perucas ainda vão passar pelo corte de outro profissional para então serem enviadas ao destino. “Incentivo as pessoas a doarem. É muito bom fazer esse trabalho. Peço aos amigos e clientes ou a quem quiser cortar, que doem à Procuradoria da Mulher, para a gente ajudar um número maior de pessoas”, concluiu.

A campanha

Campanha é coordenada pela Procuradoria da Mulher, da Assembleia Legislativa de Roraima – Marley Lima

A ação “Mechas de Esperança” foi lançada no dia 14 de setembro pela PEM, e arrecada cabelos doados para confecção de perucas, que serão destinadas a pacientes com câncer.

A PEM também realizou parcerias com salões de beleza e cabeleireiros responsáveis pelo processo de corte e produção de mechas, de forma gratuita.

Interessados podem procurar o estúdio de beleza “Luana Corbari”, que fica ao lado da sede da PEM, onde estão sendo realizados cortes gratuitos.

Vale ressaltar que, durante o tempo em que a beneficiada permanecer com a peruca, deverá ter cuidado e zelo pelo objeto, pois, assim que seus cabelos crescerem, ela será devolvida ao banco para que outras mulheres também possam utilizá-la. (Texto de Suzanne Oliveira, da Assembleia Legislativa de Roraima)

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