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Em um ano, turismo em Roraima movimentou R$ 1,2 bilhão

Etnoturismo, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, gera renda e desenvolvimento às comunidades – Jorge Macêdo

Andrezza Trajano

RORAIMA O turismo em Roraima movimentou R$ 1,2 bilhão em 2022, ou seja, 7,76% do Produto Interno Bruto (PIB) registrado no ano passado, que foi de R$ 16 bilhões, segundo dados da Secretaria Estadual de Cultura e Turismo (Secult). Para 2023, a expectativa é de crescimento de 10%.

Um segmento deste setor, o turismo sustentável, tem acompanhado a tendência mundial e apresentado alto índice de procura. Promover atividades turísticas valorizando comunidades locais, respeitando a cultura dos povos e preservando o meio ambiente são ações sócioeconômicas que vieram para ficar.

O Monte Roraima, uma formação sedimentar de cerca de 2 bilhões de anos, atrai turistas de todo o mundo por sua beleza e legado místico – Jorge Macêdo

O território roraimense, com sua vegetação diversa que apresenta biomas de floresta, lavrado, montanha, savana e pantanal atrai turistas de todo o mundo interessados nas formas e sabores exóticos.

Aqui, existe espaço para o ecoturismo, geoecoturimo, turismo esportivo e tantas outras derivações de quem sabe aproveitar de forma racional o que o meio ambiente oferece. “O turismo vem assumindo um papel relevante no desenvolvimento de Roraima, na geração e distribuição de renda e na construção de caminhos para o desenvolvimento sustentável”, explica Bruno Brito, diretor do Departamento de Turismo (Detur), da Secult.

Praias de areia fina e águas transparentes, cercadas por cajueiros, formam o Lago Caracaranã, em Normandia – Jorge Macêdo

Um dos setores mais impactados pela pandemia da Covid-19, o turismo está a todo vapor. É evidente, aqui em Roraima, o surgimento de novos empreendimentos, maior oferta de turismo sustentável e ampliação dos meios de hospedagem.

E os números não mentem. Num panorama do trade turístico elaborado pelo Detur, com base nos anos de 2019, 2021 e 2023, houve aumento no número de cadastro de prestadores de serviços turísticos.

Pesca esportiva no rio Água Boa do Univiní, em Caracaraí, fomenta o turismo no Baixo Rio Branco – Jorge Macêdo

Em 2019, eram dois acampamentos turísticos cadastrados, já neste ano, são cinco; em 2019 havia 88 agências de turismo cadastradas, hoje são 143; em 2019 havia nove guias turísticos, em 2023 há 43 cadastrados e meios de hospedagem que eram 29 há quatro anos, hoje são 32.

“Os números comprovam o crescimento da atividade. Uma grande distribuição dessa renda gerada pelo turismo roraimense, que atende desde o condutor local, o guia de turismo, o recepcionista e a camareira, o hoteleiro, o dono do restaurante, os colaboradores desse restaurante, as pessoas que trabalham com transporte turístico, as pessoas que trabalham no serviços de apoio ao turismo, toda essa grande gama de profissionais”, explica Bruno Brito.

“Estamos registrando aumento das agências, das operadoras, dos guias e isso reflete uma estratégia adotada pelo Governo do Estado de contribuir para o turismo de maneira ordenada, sustentável e planejada”, ressalta o diretor estadual de Turismo.

Projeto deve impulsionar o turismo sustentável

A Serra do Tepequém, no Amajari, é destino certo dos amantes de cachoeiras, trekking e observação de pássaros – Jorge Macêdo

Até 2030, o Departamento Estadual de Turismo pretende investir mais de R$ 223 milhões em obras importantes que englobam um grande projeto.

Serão construídas torres de observação de florestas, um Museu da Amazônia Setentrional, um planetário no Tepequém, complexo de etnopousadas na região de Serras, portos e atracadouros no Baixo Rio Branco, além de outras construções que prometem colocar Roraima definitivamente no mapa do turismo sustentável.

Pôr do sol, no rio Jufari, no Baixo Rio Branco, é um convite à contemplação – Jorge Macêdo

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