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Roraima tem duas iniciativas finalistas no Prêmio Nacional do Turismo 2023

Monolito de rocha, do Grupo Roraima, é uma formação geológica das mais antigas do planeta – Jorge Macêdo

VANESSA LIMA

RORAIMA Duas iniciativas apresentadas pelo Departamento de Turismo da Secretaria de Cultura e Turismo de Roraima (Secult) estão entre as finalistas do Prêmio Nacional do Turismo 2023, promovido pelo Ministério do Turismo. Com o tema “O Turismo Transformando Vidas”, o prêmio é um reconhecimento às melhores práticas e talentos do setor no Brasil.

Entre as mais de 490 iniciativas inscritas de todo o país, o Programa de Turismo em Terras Indígenas de Roraima é uma das que está no páreo, na categoria Governança e Gestão do Turismo. Em atividade desde o ano de 2019, a ação contempla o apoio às comunidades para o desenvolvimento do etnoturismo, que proporciona ao turista uma imersão na vida, cultura e costumes dos povos indígenas.

Trilha do Coatá, em Pacaraima, une turismo sustentável e a riqueza cultural indígena – Jorge Macêdo

O programa está em execução em comunidades indígenas do norte do estado: Guariba, no município de Amajari; Boca da Mata, Bananal, Nova Esperança, Kauwê, Novo Destino, Ta’rau Paru, Ingarumã e Perdiz, no município de Pacaraima; Raposa I, no município de Normandia; e nos centros regionais indígenas Água Fria e Flexal, no município de Uiramutã.

“Cada um desses centros tem mais de dez comunidades envolvidas. Somando, já são 32 capacitadas e que estão em vários estágios de desenvolvimento desse modelo de turismo. Muitas delas protagonizando sucesso na visitação turística em terras indígenas, a exemplo das comunidades do Kauwê e da Raposa I, que já receberam a anuência da Funai para trabalharem com o etnoturismo”, informou Bruno Muniz de Brito, diretor do Departamento de Turismo da Secult.

Cachoeiras brotam num vale em Água Fria, Uiramutã, numa região próxima ao Monte Roraima – Jorge Macêdo

Outra iniciativa finalista do prêmio nacional, na categoria Promoção e Marketing no Turismo, é o Projeto das Rotas Amazônicas Integradas – RAI, criado em 2021 para unificar as ações de divulgação dos produtos turísticos dos sete estados da região Norte (Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins).

“Esses estados trabalham juntos pensando na temática do turismo na Amazônia. A cada ano lançamos um tema. Começamos com a pesca esportiva, depois o etnoturismo e agora estamos com a campanha do turismo de natureza. E, para além da promoção do turismo, nós trabalhamos com trocas de experiências. O mais importante é que a Amazônia está junta, reunida e somando esforços”, destacou Brito.

Vida livre na comunidade Raposa 1, na terra indígena Raposa Serra do Sol – Jorge Macêdo

Conforme o diretor do Departamento de Turismo do estado, as duas iniciativas finalistas no Prêmio Nacional do Turismo têm, no mínimo, o terceiro lugar garantido em cada uma das categorias. Ele disse ainda que a característica comum de ambos os projetos é a reunião de vários grupos de atores envolvidos com o turismo, promovendo a sinergia e concentração de esforços para atingir os objetivos.

“Tanto a RAI quanto o Projeto de Turismo em Terras Indígenas são referência nacional, servindo de exemplo para outros estados. E o destaque no prêmio nos dá a certeza de que o trabalho vai render ainda mais frutos e nós vamos conseguir que Roraima se torne um destino nacional de destaque no turismo étnico, de natureza e de aventura”, avaliou.

Farinha, beiju, tucupi e goma de tapioca, são iguarias que não podem faltar no cardápio regional – Jorge Macêdo

Na próxima fase do Prêmio Nacional do Turismo será aberta uma votação popular para definição dos ganhadores, disponível no período de 20 de novembro a 1º de dezembro deste ano, por meio do endereço eletrônico http://inscricaopremio.turismo.gov.br/. O resultado definitivo dos finalistas será divulgado em 17/12/2023, durante o Salão Nacional do Turismo, que ocorrerá em Brasília, no Estádio Mané Garrincha. 

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