Projeto atuará por meio de ligações via satélite, ampliando a proteção nas áreas de fronteira – Divulgação/SISFRON
Vanessa Lima
Roraima possui cerca de 1.922 km de faixa de fronteira com dois países: a Venezuela, ao norte e noroeste, e a Guiana, a leste. Sua posição geográfica é estratégica para a defesa e segurança do Brasil.
Com objetivo de aumentar a proteção nessas áreas de divisa territorial, o sistema de monitoramento via satélite desenvolvido pelo Exército Brasileiro está sendo implantado no Estado.
A 1ª Brigada de Infantaria de Selva recebeu no início de agosto uma comitiva do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON), de Brasília, responsável pela implementação do Projeto de Sensoriamento e Apoio à Decisão 7 em Roraima, que atuará por meio de ligações satelitais de forma operacional na faixa de fronteira, fortalecendo a presença e a ação do Estado.
A comitiva, composta por integrantes do Escritório de Projetos do Exército (EPEx), do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (CCOMGEX) e do Comando de Operações Terrestre (COTEr), esteve nas organizações militares subordinadas à Brigada e nos Pelotões Especiais de Fronteira de Bonfim, Normandia, Surucucu e Pacaraima.
Durante a visita, a equipe realizou o levantamento das necessidades existentes para confecção do estudo de viabilidade e sustentabilidade do projeto de sensoriamento. Após esta etapa, será emitida a diretriz de implantação, o que permitirá a compra dos equipamentos no pregão disponível do CCOMGEX.
Em razão da complexidade do Projeto de Sensoriamento e Apoio à Decisão 7, a entrega será realizada em duas fases. A primeira contemplará a aquisição imediata dos equipamentos. Contudo, por se tratar de equipamentos importados, a entrega deverá acontecer no prazo de um a dois anos (final de 2024/2025).
A fase dois será destinada a integração dos equipamentos adquiridos, bem como às adaptações necessárias de viaturas rádio, do Centro de Coordenação de Operações móvel, dentre outras. O pacote de soluções para monitoramento da fronteira será instalado em Roraima nas organizações militares da 1ª Brigada de Infantaria de Selva.
“O SISFRON, além de ampliar a capacidade de monitorar as áreas de fronteira, garantirá o fluxo contínuo e seguro de dados entre diversos escalões da Força Terrestre. Produzirá também informações confiáveis e oportunas para a tomada de decisões e apoio nas ações de defesa e no enfrentamento aos delitos transfronteiriços e ambientais, em cumprimento aos dispositivos constitucionais”, informou o Exército.
Os meios de sensoriamento do SISFRON estarão desdobrados ao longo dos 16.886 km da linha de fronteira terrestre entre o Brasil e 10 dos 12 outros países na América do Sul, monitorando uma faixa de 150 km de largura em toda a sua extensão. “Isso favorecerá o emprego das organizações subordinadas aos Comandos Militares do Norte, da Amazônia, do Oeste e do Sul”, destacou em nota.
